terça-feira, 5 de agosto de 2008

EDITORIAL DE INAUGURAÇÃO

NÃO DEFENDEMOS O QUE VOCÊ PENSA.

DEFENDEMOS O QUE VOCÊ É.

Este é o blog do primeiro – e até agora único – programa da TV brasileira que assume uma posição política: o PROGRAMA CONFRONTO. Um programa que não se envergonha de possuir uma linha editorial de perfil conservador quanto aos temas morais ou políticos, e liberal, no que diz respeito à economia.

O objetivo deste programa é muito simples: explicar para população, a partir de exemplos concretos, o que é ser de “direita”. E talvez você pense: só isso? Eu lhe direi: no contexto atual do Brasil, isto é tudo!

Explico-me: as diferentes concepções políticas que defendem os valores necessários a um ambiente de liberdade individual foram cuidadosamente enterradas dos debates públicos. Trata-se de uma iniciativa orquestrada pela ampla maioria da intelectualidade brasileira do século XX (professores universitários, jornalistas, políticos, líderes religiosos, etc.). Esta iniciativa é inspirada pelo marxismo-leninismo, mas tem como estratégia principal não mais a guerrilha e o terrorismo, e sim a desinformação.

Em que ambiente social isto acontece? Brasil. Trata-se de um país perfeito para este tipo de iniciativa. Dado o tamanho do nosso território, e as diferenças de costumes de norte a sul, definir um comportamento padrão para o brasileiro é quase impossível. Mas, observando com atenção, percebe-se que há traços culturais comuns que podem ser sintetizados em duas características: trata-se de um povo conservador e tolerante.

Esta tolerância é tanta que há uma predisposição para se dissociar o que o brasileiro pensa do que ele vive. Ser brasileiro normalmente significa viver em família, ter uma religião, prezar a vida e a propriedade. Entretanto, pensar como brasileiro significa tolerar tudo, inclusive quem defende a extinção dos mesmos valores que norteiam a sua vida!

Assim, este é um ambiente extremamente propício para a proliferação do tipo de intelectual acima descrito, que funciona nesta sociedade como um vírus de computador, destruindo sutilmente os arquivos mais importantes, que sustentam a vida social. Comportamentos e instituições de importância evidente para a sociedade são sutilmente agredidos pelos chamados “formadores de opinião”, enquanto estes são confortavelmente por ela aceitos.

Logo todo o resto da intelectualidade no Brasil passa a ser dominada por estes marxistas a partir de suas raízes nas universidades e, conseqüentemente, nas salas de redações dos jornais. E este domínio não ocorre de modo natural, mas por pressões e boicotes dos mais variados. Desse modo, com o tempo, a população brasileira em peso, apesar de viver de acordo com os ideais classificados como “de direita”, passa a detestar esses mesmos ideais.

Defender estes valores hoje, é mais do que restabelecer um equilíbrio de forças entre esquerda e direita. É defender o próprio fundamento da Democracia e do Estado de Direito. É defender as regras do jogo político que asseguraram ao longo da experiência histórica da nossa civilização a nossa dignidade enquanto seres humanos. Aceitar algo abaixo disso é indigno de nossa existência.

Por isto CONFRONTO. Ele ocorre ao mostrarmos para a sociedade uma concepção diferente sobre os assuntos da agenda política que nem sempre reflete o que as pessoas pensam a primeira vista ser a melhor, uma vez que foram ensinadas apenas de acordo com a versão socialista dos fatos. Queremos apenas demonstrar que o que pensamos hoje pode ser reflexo de uma educação planejada num passado recente para visualizarmos apenas uma parte da realidade: a parte do ideário socialista. Portanto, não estamos inventando nada. Queremos apenas trazer à tona alguns valores que, apesar de esquecidos na cosmologia do brasileiro, o orientam dia a dia, e que, pelas razões expostas, são paradoxalmente desprezados pelas elites escolhidas para lhe representar. Em síntese, ousamos dizer que os brasileiros passaram a pensar de um modo desmentido por sua própria vida, por isso, o nosso papel não é defender o que você pensa, e sim, defender o que você é.

Porto Alegre – RS – Brasil, 05 de agosto de 2008.

Ronaldo Laux.

3 comentários:

Marcus Paulo Rycembel Boeira disse...

Grande Ronaldo: sem dúvida. Na verdade, os formadores de opinião enterraram o amor pela verdade em nomde de um relativismo que odeia a realidade e coloca tudo o que existe submetido ao ideal de um conjunto de pessoas que não possuem nem capacidade e nem caráter para "formar opin~iões". O que eles desejam é substituir a realidade pela idéia, tornando tudo relativo, ao gosto de petistas, liberais ateus, progressistas, iluministas, positivistas, etc. Enfim, todos os revolucioários que odeiam a verdade e que desejam mudar a história a partir do que eles acham ser o certo.
Abraço, Marcus Boeira.

VEREADOR LINK disse...

Interessante este programa, existe possibilidade de um dia ser em canal aberto?? bjks Leoa.

Anônimo disse...

Belo Editorial professor, mas daí deixou toda a elegância de lado nas eleições hein...

Uma pergunta, a esquerda deveria ser extirpada? Discursos raivosos e pregando a intolerância são nojentos da esquerda à direita. Tu prega que vai defender o que o brasileiro é, entre essas caracterísiticas tolerante, mas critica essa tolerância. Não entendi. Devo ser mto burro.

Não defendemos o que você pensa.

Defendemos o que você é.